Para o presidente a Associação de Importados a queda se dá à alta do dólar e aos 35% de imposto de importação

A venda de importados sofreu forte queda entre outubro e novembro desse ano, com diminuição de 18,8%. Também houve queda no comparativo a novembro de 2018, onde a retração é de 6,1%. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – ABEIFA.

“A permanência do dólar acima de R$ 4,00 tem agitado o mercado interno, mas o impacto mais devastador tem sido para o setor de importação de veículos automotores, pois além do dólar na faixa atual, ainda pagamos os 35% do Imposto de Importação, maior percentual permitido pela Organização Mundial do Comércio e competimos com empresas com grandes subsídios federais e estaduais”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, para quem – com o resultado de novembro– será muito difícil que as associadas fechem o ano com 35 mil unidades comercializadas projetadas.

No segmento de importados, as cinco marcas que mais venderam, em novembro, foram a Volvo (754 / +4,6%), Kia Motors (661 unidades / -33,2%), BMW (330 / -46,7%), Land Rover (242 / -1,6%), e Porsche (219 / +12,9%).

Em relação as quatro montadoras que produzem veículos em solo brasileiro (BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki), a taxa de aumento é de 38% no acumulado, passando de 21.263 unidades licenciadas nos primeiros dez meses de 2018 para 29.506 unidades em igual período deste ano.

As associadas com produção nacional, em novembro atingiram 3.148 unidades emplacadas, o que representou queda de 9,3% em relação a outubro de 2019, quando totalizaram 3.471 unidades , mas significaram alta de 41,5% ante novembro de 2018, quando anotaram 2.224 unidades.