O FUTURO DO MERCADO AUTOMOTIVO
Publicado em: 21/03/2019

Luca Cafici, Co-fundador da InstaCarro, lança hipóteses sobre o futuro do setor

 

Desde que Henry Ford estabeleceu a primeira linha de montagem em 1913 para produção em massa, os automóveis tornaram-se parte integrante das cidades em todo o mundo. A indústria automobilística, evidentemente, mostrou inovações ao longo deste século, mas no fim os problemas que nossos bisavós e avós sofreram ao tentarem vender seus carros continuam a nos atormentar.

 

Ainda que hoje seja possível contar com o apoio da Internet, a venda de um carro online exige vários passo a passo e cuidados, sendo que as chances de algo dar errado são altas. O jeito tradicional é visitar um revendedor de automóveis. Entretanto, do mesmo jeito que esses profissionais encaram uma série de problemas, você terá que aceitar uma redução de preço durante a negociação.

 

Isso motivou os profissionais do setor a desenvolverem alternativas que agilizam o processo de compra e venda de automóveis e melhoram a experiência do consumidor. As plataformas online já são uma realidade, permitindo que o usuário leve seu carro a um centro de inspeção e, posteriormente, possa ser leiloado para revendedores de todo o país. O processo todo leva uma hora e permite que a pessoa volte para casa com o negócio fechado e com um preço decente em cima de seu veículo.

 

Será essa a grande novidade que o mercado automotivo tanto espera? Sinceramente, é difícil saber. Na verdade, somos ruins em prever o futuro.

 

Em 1903, por exemplo, o presidente do Michigan Savings Bank aconselhou HoraceRackham, advogado de Henry Ford, a não investir nos automóveis. “Não passa de uma moda passageira, o cavalo veio para ficar”, teria sido a recomendação. Rackham não deu ouvidos e colocou US$ 5 mil dólares na empresa da Ford. Pouco tempo depois, vendeu suas ações por US$ 12,5 milhões.

 

Nos últimos anos, os profissionais do setor têm falado sobre as mesmas coisas. A próxima grande novidade surgirá de repente, do nada, e será algo que nenhum de nós estávamos esperando.

 

Na próxima década haverá mais mudanças do que no último século. Os automóveis estão se tornando computadores sobre rodas e a tecnologia avança no ritmo da Lei de Moore (onde a capacidade de processamento de dados dobraria a cada 18 meses). Cem anos atrás prevíamos que os carros iriam desaparecer. Não vamos cometer o mesmo erro novamente.