Produção é praticamente a mesma de 2018 e exportações seguem em queda

Foram divulgados hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea, os números referente ao mês de abril e do primeiro quadrimestre de 2019. Esses foram os primeiros dados periódicos revelados pela nova diretoria, presidida por Luiz Carlos Moraes desde o fim do mês passado.

O primeiro quadrimestre do ano foi positivo no que se refere ao mercado interno. Com 839,5 mil unidades licenciadas, o acumulado do ano apresenta até aqui aumento de 10% em relação a 2018.

Nas exportações porém, a queda se mantém. Foram 139,5 mil unidades e baixa de 45%, motivada principalmente pelo cenário econômico na Argentina.

A produção nesse período foi praticamente a mesma do ano passado. São 965,4 mil unidades produzidas e queda de 0,1%.

Também foi divulgado um estudo comparativo, realizado pela Pwc Brasil, entre a competitividade do mercado brasileiro e mexicano. A pesquisa concluiu que os veículos produzidos no México são 18% mais baratos e as principais diferenças se dão em materiais e logística. Somando os impostos dos países, a diferença de custo pode chegar a 44%, dependendo do veículo.

Abril

Em abril, a produção de veículos teve 267,5 mil unidades, com alta de 11, 1% em relação a março e 0,5%, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Os licenciamentos também foram positivos. Com 231,9 mil unidades em abril, os aumentos alcançaram 10% e 6,7%, em relação a março deste ano e abril do ano passado, respectivamente.

O grande desafio da indústria automobilística no momento, a exportação, como era de se esperar, segue caindo. Abril, com 34,9 mil unidades, teve queda de 10,5% ante março e 52,3%, quando comparado ao período semelhante de 2018.

Em valores, as exportações tiveram um faturamento de 552,5 milhões de dólares e 835 milhões de dólares no geral, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias.

A geração de emprego pela indústria automobilística teve aumento irrisório de 0,1%, com novas 174 novas vagas, em relação a março, mas queda de 1,2% quando se compara com o mesmo período do ano anterior.