COMO REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL NO TRÂNSITO?
Publicado em: 30/12/2019

Comprometimento dos órgãos governamentais aliado a medidas de educação em segurança viária são os principais caminhos

 

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o terceiro país em número de mortes no trânsito, atrás da Índia e da China. A cada hora, cinco pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil, segundo números do Conselho Federal de Medicina. Os menores de 15 anos são grande parte das vítimas.

 

O Relatório Anual de Segurança Rodoviária da Dekra de 2019 — lançado em Bruxelas, na Bélgica —, com o tema Crianças nas Estradas, demonstra que é possível baixar esses números alarmantes de acidentes fatais. Só na União Europeia em 2005, 1.325 menores de 15 anos morreram nas estradas; em 2017, no entanto, esse número caiu para 593.

 

No evento, o coordenador europeu de Segurança Rodoviária, Matthew Baldwin, estimulou os países a não desistirem dos esforços para melhorarem ainda mais a segurança rodoviária: “O desafio de evitar 25 mil mortes por ano não é algo apenas aceitável, é uma meta a ser vivida”.

De acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington, 300 crianças com menos de 15 anos morrem todos os dias nas estradas em todo o mundo.

 

As razões para isso são muitas, no caso das crianças e adolescentes há falta de experiência, falta de consciência dos riscos e desatenção; já para os motoristas, envolve o desrespeito aos pedestres e demais motoristas, velocidade excessiva ou distração.

Entre as ações de prevenções importantes está a educação em segurança viária, que preferencialmente deveria começar na idade pré-escolar.

 

Uma causa comum de acidentes de trânsito é o erro humano, por exemplo, quando os motoristas estão distraídos. Testes realizados recentemente pela Dekra para o Relatório de Segurança Rodoviária demonstram o enorme potencial dos sistemas de freios de emergência automáticos com detecção de pedestres.