Setor fechou 2018 com 37.582 unidades licenciadas, a projeção era de 40 mil veículos importados

As dezesseis marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, finalizou o ano de 2018 com 37.582 unidades licenciadas, alta de 26,3% se comparado ao mesmo período de 2017, quando foram vendidas 29.751 unidades importadas. A meta era atingir 40 mil unidades licenciadas. A diferença de 2.418 unidades, resultou numa diferença de 6%.

Para José Luiz Gandini, presidente da Associação, os valores são justificados ao ano de 2018 conturbado, com a instabilidade do dólar oscilando entre R$3,80 e R$4,20, greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo, eleições gerais e todo cenário político instável.

“Infelizmente, terminamos o ano com 6% abaixo os números iniciais, aliás, bastante conservadores. Com o final do Inovar-Auto e dos 30 pontos percentuais adicionais no IPI, imaginávamos obter uma recuperação mais sólida, mais consistente. Mas, os 30 pontos percentuais foram neutralizados pela alta do dólar”, concluiu Gandini.

O último mês de 2018 registrou aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2017. Foram comercializadas 3.389 unidades contra 3.324 licenciamentos em dezembro de 2017.

O desempenho de vendas no mês de dezembro, porém, significou também alta de 15%, comparado ao mês imediatamente anterior. Foram 3.389 unidades contra 2.947 unidades em novembro último.

Entre as associadas à Abeifa, que possuem produção nacional, BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki fecharam o ano com 23.699 unidades emplacadas, total que representou alta de 29% em relação a 2017, quando totalizaram 18.372 unidades. Ao considerar somente o mês dezembro último, as quatro associadas emplacaram 2.436 unidades nacionais, 9,5% superior às 2.224 unidades de novembro e 25,3% mais que as 1.944 unidades de dezembro de 2017.

Em dezembro último, com 5.825 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,60% do mercado total de autos e comerciais leves (224.403 unidades). No acumulado, o market share foi de 2,48% (61.281unidades, do total de 2.470.224 unidades).

Expectativa para 2019:

As expectativas para o novo ano são promissoras, 33% de aumento em relação a 2018, chegando a 50 mil unidades importadas, 55 mil em produção.

“Em princípio, nossa primeira projeção pode parecer otimista demais, diante das estimativas já anunciadas pela indústria e pelo setor de distribuição, na casa de 11%. Em nosso caso, porém, o porcentual de crescimento é maior por conta da demanda reprimida de 2018, ano em que o dólar flutuou mais próximo aos R$ 3,90”, argumenta Gandini.

Para atingir os valores estimados, Gandini enfatizou que junto com o novo ano, o mercado deve estar propício para atingir a meta se o câmbio oscilar entre R$3,75, e se houver crescimento do Mercado geral com as alterações da previdência.