A MOBILIDADE DA MULHER NO BRASIL
Publicado em: 05/03/2021

Estudo revela dados em relação à segurança da mulher no cenário da mobilidade brasileira atual

 

 

Um estudo realizado pela Younder, em parceria com o Instituto Mobih, por meio de pesquisa quantitativa on-line feita com 203 mulheres brasileiras e outros recortes, traz um panorama das dificuldades enfrentadas diariamente pelas mulheres na mobilidade.

 

A amostra indica que 40% das mulheres vivem em residência com somente um carro, sendo que, em 55% das oportunidades o homem fica com o veículo nesses lares. Além disso, 68% dos homens que ficam com o automóvel único possuem relações conjugais, enquanto 32% são familiares.

 

Neste contexto, um estudo realizado pela Ipsos no ano passado aponta que os motivos pelos quais homens e mulheres optam por ter carro são totalmente diferentes. Enquanto 45% dos homens optam pelo carro porque querem ter mais controle sobre chegada e saída, 40% das mulheres optam pelo próprio carro porque preferem manter sua privacidade. No entanto, a realidade é que as mulheres brasileiras utilizam mais ônibus para se locomover: 50% contra 42% dos homens.

 

A segurança feminina

 

Por utilizarem menos o carro próprio, as mulheres são mais ativas na utilização de aplicativos de transporte. Segundo levantamento feito pela Consultoria BCG no último ano, 60% das mulheres utilizaram aplicativos ao menos uma vez por semana. No entanto, seja no transporte público, por aplicativo ou em táxis, a privacidade não é respeitada.

 

Das brasileiras com mais de 18 anos, 97% afirmaram que já passaram por situações de assédio sexual no transporte público, por aplicativo ou em táxis. Os dados são dos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva e apontam que 71% das mulheres conhece alguma mulher que já sofreu assédio em espaço público.

 

Ainda sobre segurança, mas tendo a mulher como motorista, o Relatório Anual da Seguradora Líder-DPVAT, com dados de 2019, revela que a maior incidência de indenizações pagas no Brasil foi para vítimas do sexo masculino, mantendo o mesmo comportamento dos anos anteriores. A taxa de destruição indenizatória foi de 75% para homens e 25% para mulheres. Esses dados comprovam uma atenção e uma condução mais segura feita por mulheres do que por homens.