SUA CRIANÇA ESTÁ SEGURA NO CARRO?
Publicado em: 12/10/2018

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cadeirinhas e dispositivos de segurança reduzem 70% das mortes entre bebês

 

 

O feriado nacional de dias das crianças chegou, então nada mais justo do que falarmos sobre a segurança dos pequenos no trânsito. Para aproveitar o feriado prolongado, muitos pais e responsáveis passeiam com seus filhos na cidade ou até mesmo viajam. Mas será que essa viagem está sendo feita de maneira prudente?

 

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cadeirinhas e dispositivos de segurança reduzem 70% das mortes entre bebês, e entre 54% a 80% das mortes de crianças. Mesmo com essa porcentagem de segurança elevada, no feriado da Independência (07/09), o número de autuações por transporte de crianças sem equipamentos exigidos como bebê conforto e cadeirinha, cresceu 41% em comparação ao mesmo período de 2017, segundo dados da Policia Rodoviária Federal (PRF).

 

 

Vale lembrar que, os motoristas flagrados com crianças no banco de trás, mesmo usando o cinto, mas sem a cadeirinha, indicada para crianças de um a quatro anos de idade, respondem a infração gravíssima, com 7 pontos na carteira e multa de R$293,47. Mas o problema maior não é esse. Com segurança não se brinca, ainda mais quando se trata de crianças.

 

 

Os acidentes mais graves ocorrem em rodovias, consequência das altas velocidades, que foram responsáveis por 17,18% dos acidentes de trânsito em 2016. Já dentro das cidades, a razão dos acidentes é a falta de imprudência. É difícil analisar se os pais sabem realmente dos riscos – de transportar uma criança sem cadeirinha – uma vez que o processo educativo no Brasil em relação ao trânsito ainda carece de ações mais efetivas. O que se observa é uma crença de que “nada vai acontecer comigo” porque sou prudente”, comentou Roberta Torres, especialista em segurança e educação para o trânsito.

 

 

 “Para reverter essa situação é preciso investir em educação e fiscalização. Um não funciona sem o outro.  Se estivéssemos cumprindo com o que está previsto no Código de Trânsito Brasileiro que prevê a inserção do tema trânsito, ainda que de maneira transversal,  acredito que as próprias crianças nos ajudariam a multiplicar a concepção de prevenção e a cultura da segurança no trânsito. As crianças cobram dos pais as atitudes corretas. Paralelo a isso, melhorar a fiscalização. Com blitz educativas e também punitivas. Primeiro você educa, informa e depois, para aqueles que não dão conta de se adequar, você pune.  Quanto mais falarmos sobre o tema, mais as pessoas estarão cientes da sua responsabilidade e mais ficará evidente que a escolha é de cada um. As crianças não podem pagar com a vida por uma escolha irresponsável dos pais.” Completou a especialista.

 

 

Equipamentos de segurança são essenciais na hora do acidente, exemplo disso é fato que ocorreu no dia 27 de abril deste ano, quando um carro capotou na BR-163, em São Gabriel do Oeste (MS). A família que estava no carro é composta por dois adultos e três crianças. Todos escaparam com ferimentos leves, pois estavam utilizando cinto de segurança e as crianças estavam na cadeirinha, assim como o bebê de 8 meses que estava no bebê conforto.

 

Segundo o Criança Segura (OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), entre o total de acidentes de trânsito que envolvem crianças de 0 a 14, 30% está relacionado a criança na condição de passageira do veículo. Ou seja, do total de acidentes, as crianças são vítimas que estão no próprio carro. Outros 30% está relacionado a atropelamentos, 9% aos acidentes com a criança na condição de passageira de motocicleta, 6% na condição de ciclista e os 25% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.

 

 

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) indica o equipamento mais indicado e seguro para cada idade. O bebê conforto deve ser usado por crianças de 0 a 1 ano. A cadeirinha deve ser usada por crianças de 1 a 4 anos, e o assento de elevação deve ser usado por crianças de 4 a 7 anos e meio. Após esse período, as crianças devem continuar no banco de trás com a utilização do cinto de 3 pontos.

 

 

O bom de toda viagem, é ter boas histórias para contar no final. Ser lembrada como um momento divertido e de descontração. Para isso, não se pode bobear com a segurança, principalmente das crianças.