AGOSTO APRESENTA MAIOR PRODUÇÃO DESDE OUTUBRO DE 2014
Publicado em: 06/09/2018

 

Segundo Anfavea, mês foi ‘’bastante interessante’’

 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (06) em São Paulo, a Anfavea divulgou o balanço do desempenho da indústria automobilística referente ao mês de agosto.

 

O presidente Antonio Megale anunciou o último mês como o melhor na produção de veículos desde outubro de 2014. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 11,7% e ainda maior em relação a julho deste ano, com a melhora de 18,6%.

 

Agosto tradicionalmente tem bons resultados, ficando atrás apenas de dezembro. O início de um novo semestre juntamente com a quantidade de dias úteis, 23, além do último dia do mês ter sido uma sexta-feira, são fatores que influenciaram nesse aumento.

 

Apesar do momento positivo, Megale deixa claro que em setembro a expectativa é de que esse aumento não permaneça. No mês haverão apenas 19 dias úteis. Apesar disso, ele disse que não teria problema nenhum em se surpreender com a probabilidade, como vem acontecendo ultimamente: ”Vamos torcer para errarmos bastante”, brinca o presidente.

 

Em outubro, a Anfavea lançará em meio ao cenário político de eleições, a última revisão das projeções para o ano de 2018, que até agora registra crescimento, buscando chegar a 2,5 milhões de veículos produzidos até o fim do ano. A razão principal disso é a maior oferta de crédito, além do mercado mais forte.

 

Com relação aos licenciamentos o progresso foi parecido, girando em torno dos 14%, tanto em comparação com julho, quanto com agosto de 2017.

 

Nas exportações houve crescimento do mês sete para o mês oito de 9,2%, porém, em comparação com o ano passado, uma considerável queda de 16,6%. O motivo principal e que preocupa muito o setor é a crise econômica que atravessa a Argentina, principal aliada do Brasil nesse quesito. Outro grande parceiro, o México, apresentou redução de metade das importações.

 

O aumento de geração de empregos foi tímido, com aumento de apenas 0,4% em relação a julho e 3,6% comparado com o mesmo período do último ano. Segundo Megale, a indústria automobilística puxa outros setores e o aumento da produção e vendas representaria uma melhora para a economia.

 

Quando questionado sobre os efeitos da greve dos caminhoneiros em maio, Antonio Megale afirmou que todas as consequências negativas da manifestação já foram recuperadas. Outro tema importante, o Rota 2030, para Megale, só tem pontos positivos a oferecer.